quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
O PROBLEMA FILOSÓFICO
O "eixo central da filosofia"é o problema filosófico, filosofar é complicar o descomplicado, descomplicando o complicado. A questão filosófica aparenta ser uma questão banal, mas o filósofo se encarrega de desbanalizá-la transformando-a em problema. O simples se torna complexo e o complexo se torna simples. É impossível desenvolver o pensamento critico sem a perplexidade de temas que nos levam ao espanto, que por sua vez provocam o olhar critico no sujeito cognoscente e que nos propicia vivenciar atitudes filosóficas e o interesse em responder às questões diante das situações que vivenciamos no dia-a-dia. Devemos encarar os problemas e buscar uma resposta, mas essa resposta deverá nos trazer novas indagações. Se escrevêssemos uma peça teatral relatando a história da filosofia, os personagens principais seriam: os problemas, as questões e os temas.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
domingo, 3 de abril de 2016
Música Contextualizada
Sumário
II) Razões que explicam a
realização do projeto e o contexto para qual ele se destina;
III) Objetivos Gerais;
IV) Objetivos Específicos;
V) Metodologia de trabalho;
VI) Resultados obtidos –
avaliação.
PREMISSAS:
A MÚSICA É UM EXERCÍCIO DE METAFÍSICA
INCONSCIENTE, NO QUAL O ESPÍRITO NÃO SABE QUE FAZ FILOSOFIA – SCHOPENHAUER.
A MÚSICA É “UMA LINGUAGEM
UNIVERSAL DO MAIS ALTO GRAU” – NIETZSCHE.
A MÚSICA EXPRESSA AQUILO QUE
NÃO PODE SER DITO E NO QUAL É IMPOSSÍVEL FICAR EM SILENCIO. Victor Hugo
(1802-1885)
Projeto
Música Contextualizada.
I) Apresentação
O projeto pedagógico “Música
Contextualizada” é uma iniciativa da área de filosofia da EEMI BUENOS AIRES
que se localiza na Zona NORTE da Cidade DE SÃO PAULO. Tal iniciativa desde o
ano de 2016 vem criando estratégias para incentivar o prazer pela leitura na
escola, fazendo com que esta se pluralize no contexto da família e comunidade,
como também ganhe relevo permitindo que o aluno a sinta na força de seus
próprios valores.
De sua prática, o professor de
filosofia percebeu que era preciso começar a leitura crítica de textos de
diferentes estruturas como meio de despertar o senso crítico através da música
que é uma linguagem universal acessível aos alunos por fazer parte de seu
cotidiano durante todo tempo. O ponto de partida surgiu no momento em que o
professor notou o desinteresse pelo aprendizado do aluno que não conseguia
compreender a linguagem escrita por achar que o conhecimento é inútil. O
professor pensou em uma proposta pedagógica que pudesse assegurar um tratamento
interdisciplinar e contextualizado como caminho para a prática da leitura,
tanto no plano de sua origem específica, no caso da Filosofia, quanto em outros
planos, como na vivência cotidiana do aluno, na leitura de seu entorno
sócio-político, histórico e cultural.
Partindo dessa ideia, o
professor destacou a música como estratégia e ferramenta a ser oferecida ao
aluno. Concluiu que um bom trabalho de leitura não poderia ficar focado apenas
no que está escrito. Era preciso trabalhar com as inferências e principalmente
a relação de um texto com outros textos processando as informações. E a música
faz isso o tempo todo: contextualiza, infere, dialoga e convida à reflexão.
Importante destacar ainda que com essa proposta, se iniciava um longo caminhar
em busca da filosofia, quando os alunos poderiam ler, de modo filosófico,
textos de diferentes estruturas e registros.
Através da música foi possível
a leitura se manifestar na escola, não apenas no sentido de “se ler bem” um texto
ou um livro, mas foi possível o surgimento de uma leitura crítica derivada da
capacidade de ler aquilo que não está escrito, mas que pode ser inferido,
deduzido pelos alunos. Foi um começo, uma escolha, onde os alunos se tornaram
leitores, autores, escritores, ouvintes e, principalmente, se tornaram
protagonistas de uma história.
II)
Razões que explicam a realização do trabalho e o contexto para qual ele se
destina.
Nossa escola onde o projeto
acontece é uma escola de Ensino Médio da Rede Estadual de São Paulo. A EEMI
BUENOS AIRES se localiza na Zona Norte da cidade de São Paulo, na Rua Olavo
Egidio 1008. Porém, os alunos, em sua maioria não são do bairro Santana, eles
vêm de bairros próximos: Jova Rural, Vila Gustavo, entre outras. Essa
diversidade se deve ao fato da Escola fazer parte do Programa de Ensino
Integral e assim, poder oferecer aos jovens uma Formação acadêmica de
excelência, preparação para o mundo do trabalho e formação para a vida - JOVENS
AUTÔNOMOS, SOLIDÁRIOS E COMPETENTES, além de apoiá-los constantemente na
realização de seus projetos de vida - O SONHO DO ALUNO.
Com isso temos na escola um
grupo heterogêneo de alunos que trazem esse contexto para a escola e não
conseguem vê-la como fator de ascensão e cidadania. Enfim, havia muitos obstáculos
na realização do projeto, até mesmo o fato da escola não estar inserida
geograficamente na comunidade dos seus alunos; haveria que se pensar
estratégias e ideias para o aluno sentir-se no lugar privilegiado, lugar de
esperança e transformação.
A exclusão da leitura e da
escrita é um reflexo de outras exclusões a que as famílias estavam submetidas.
Não era uma escolha, era uma contingência.
Com esse desafio o professor
descobriu um fator muito importante para a realização do projeto.
Constantemente no pátio da escola, no ponto de ônibus, indo e voltando para
casa, os alunos estavam ouvindo música – seja no celular, MP3, Ipod ou similar
– a música era um fator constante na vida do aluno. Na infância a criança lê
mais. O jovem, o adolescente passa a ler menos. Na adolescência a música passa
a ocupar um lugar muito forte. Ouvir música é muito forte para o jovem, pois
ele vive um momento de ficção e imaginação. A música é a ligação entre eles, a
senha, a aceitação no grupo. Ele lê menos até porque amplia muito o interesse
por outras artes, e também acontece o namoro, a descoberta da sexualidade, etc.
Somando todos esses fatores, o
professor traçou um planejamento de trabalho que pudesse canalizar esse grande
interesse pela música para algo que fosse construtivo na prática da leitura ,
na aprendizagem do aluno. E a mudança seria profunda! Como fazer? A resposta
veio quando o professor passou a pensar a si mesmo como leitor, como ouvinte e
grande admirador da música. Então tudo se tornou mais claro e apaixonante!
III)
Objetivos Gerais.
- Introduzir o aluno no mundo
da leitura usando a música como estratégia e ferramenta para inseri-lo no
Universo do conhecimento.
- Conduzir, pelas mãos da
leitura, o aluno no saber filosófico que acompanha, em surdina, as obras de
arte, a música, a poesia, a cultura, enfim, a vida de cada um.
- Pensar a escola como lugar de
mudança e transformação; atitude que se traduz na mudança de hábitos capazes de
transformar o mundo em que se vive.
- Levar o universo da leitura
para além dos muros da escola, como família, comunidade, bairros e praças.
- Fazer do ato da leitura
compartilhada na sala de aula e fora da sala de aula como uma prática contínua
e necessária para interação entre o visual e o literal, a imagem e a escrita.
- Utilizar os recursos das
novas tecnologias da comunicação (computadores, notebooks, Ipods, celulares,
Mp3, etc) como pontes e caminhos para produção literária e leitura. Importante
nesse objetivo é não ver esses recursos como “concorrentes”, mas como auxiliares
na sala de aula dentro da proposta do professor.
- Participar de debates
sistemáticos ouvindo sempre a opinião do outro para recompor pontos de vista e
argumentos.
- Saber ler e entender seu
entorno sócio histórico e cultural com um olhar filosófico, ou seja,
investigativo e questionador.
V)
Metodologia de Trabalho.
PASSO A PASSO DAS ATIVIDADES.
Ano 2016.
Iniciando o ano letivo de 2016,
com turmas do Ensino Médio, recém-chegadas na escola, e que, voluntariamente
optaram por participar do projeto das aulas eletivas de filosofia
contextualizada com a música.
O professor traçou seu projeto
de ação que seguiu várias etapas:
PRIMEIRO BIMESTRE:
Fevereiro
- Apresentação do professor
- Apresentação da disciplina
- Conhecendo a escola
- Conhecendo os colegas de
turma
Março
- Início das atividades do
projeto – Primeiramente o professor se apresentou como leitor para seus alunos.
Importante- o professor
combinou com os alunos a proposta das aulas acontecerem com o uso de diferentes
recursos – textos xerocados, vídeos, músicas, filmes, instrumentos musicais, etc.
1ª Semana – Tema: SOMOS QUEM PODEMOS SER- ENGENHEIROS DO HAVAI
Intertextualidade:
- Ouvir a
música acompanhando a letra xerocada.
-
Interpretação: (questões feitas de forma oral )
a) Quantas
estrofes?
b) Qual a ação
do personagem?
c) O que o
personagem guarda em sua memória?
d) Encontrar
na música as características físicas, sociais e psicológicas do personagem.
e) Qual é o contexto histórico quando foi feita a composição da música?
f) Que temas essa música desenvolve?
e) Qual é o contexto histórico quando foi feita a composição da música?
f) Que temas essa música desenvolve?
Observações do
professor direcionando o pensamento dos alunos para que eles possam perceber
que o compositor empregou a matéria prima do filósofo.................em sua
música.
Essa
intertextualidade ofereceu um caminho ótimo para o estudo de um tema filosófico
importante nas próximas unidades do programa curricular de filosofia: Pensamento Crítico
2ª Semana –
Dialogando
Mito e Filosofia
Sugestão para
produção de texto :
“ O importante
não é o que fizeram do homem; mas o que ele fará com o que fizeram dele”. –
Jean Paul Sartre.
Atividade:
I) Estudando
conteúdo:
É preciso
saber viver
Metamorfose
ambulante.
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,etc.
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