O Bem e o
Mal
O Bem e o
Mal estão conjugados dentro de um sistema filosófico que nos faz perceber a
dimensão do caráter humano. O homem é o conjunto de consequências das práticas
morais, por isso, está ligado a estas duas dimensões: Bem e Mal. Sendo o homem,
um ser aberto, um sistema em construção, e uma razão de ser, ou, um vir a ser,
que para se adaptar à realidade deve seguir algumas leis que não estão
incorporadas no seu eu.
Para que o
homem viva em harmonia com a realidade, tanto do ponto de vista interior como
do ponto de vista exterior, ele deve seguir os princípios da razão moral, que
irão moldar as suas ações. Alguns pensadores sonham com a formação de atitudes
moralmente corretas criadas sem a imposição de normas, como se estas já
estivessem tacitamente incutidas na alma, mas infelizmente não é assim. Quando
o agente não possui este conjunto de regras, ele deve aprender, mesmo que for
necessário a punição. A punição faz com que a pessoa se conscientize de que
suas ações pessoais implicam em transformações e em consequências para si e
para o outro. (Mas a punição nunca deve ser aplicada como vingança).
A prática de
uma ação imoral sempre atrai a condenação dos outros, o mal não existe sem a existência do outro e sem a coletividade não
moral, para que haja moral, é necessário que as exigências morais criadas
através de uma rede se manifestam em atitudes morais.
O
mal é atraente, portanto precisa ser controlado por uma força maior, que
funcionará como um "freio dos nossos desejos". Com a aplicação de
normas morais, o mal se reverterá em Bem, pois através da prática de regras, as
ações morais se transformarão em hábito e estes em virtude que serão
incorporadas à alma. Sendo assim é possível estabelecermos contratos em que
renuncio a minha vontade em busca da felicidade, consciente de que a vontade do
outro é semelhante à minha.
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